setembro 29, 2009

Ê zuzuê...

Eu ando, e dessa vez é esse ventinho promissor quem toca suavemente a minha face. Acaricia meus cabelos daquela forma que só ele sabe fazer - me faz flutuar. Os domingos veem em pares, de três e às vezes de dois apenas, isso por que eles são muitos raros, e os bons só chegam assim. E me fez bem olhar para aquela metade do inteiro de dois olhos. Ainda são aqueles olhos que outrora sorriam sem se movimentar. Com um pouco menos de cílios eu sei, mas isso nem é problema, detenho vários frasquinhos de adubos para mata ciliar.
Por mais que a configuração tenha mudado, ainda consigo, lá de longe sentir algo bom. Sei que esse de fato não é o momento para fazer suposições ou expeculações, mas acho que ainda verei de perto as sete cores magnifícas que compões os arco-íris que conseguimos decodificar. E assim se sucederam os pássaros, trazendo todos pequeninas frutas vermelhas para me adoçar a tarde. As nuvens fofas, brincando de amarelinha só pra me fazerem ficar boba com a beleza dos seus pés de algodão e com o rosa exagerado que carregavam nas unhas. Entendi então por que a imagem do Cristo la no Rio vive de braços abertos - a vida é mesmo uma coisa única e desesperadamente maravilhosa.
Só não garanto seguir seus rastros. Bem que eu queria um abraço daqueles, mas não sei se ainda tenho forças pra lutar pra conseguir uma coisa dessas...rs
Alto do monte, mesa e amigos. Você chega pra me trazer um pedaço de realidade que encontrastes por ai... pedaço feliz e quentinho. Quase morri quando te vi. Outro desses me chegou pelo telefone, e vejo que eu nada mais sou do que alguns pedaços de felicidade espalhados pelo mundo. E quando me sinto menos feliz, faço como fiz ontem: sonho. E de lá me sorriem incontáveis coisas, até realidades que tinham uma certa característica ácida cantam calmamente para me tranquilizar. Eu acordei sorrindo, pelo menos em outro plano toda a minha existência era recheada de calmaria. E agora sigo cantando, bailando psicodelicamente com as canções que me levam para uma atmosfera leve e cheia de bancas com vários tipos doces.


"Ê zuzuê
Ê zum zum zum
Ê zuzuê
zum
..."

setembro 22, 2009

6 minutos

A textura e coloração desse liquído descem pela minha garganta tentando me manter acordada. Pelos olhos a informação que adentra é de que finalmente, as flores humanas tomarão conta de nossas existências. E por fim, ganho a aposta - sabia que ela iria chegar hoje. Tento ouvir esses sabores todos, mas é tão confortável assistir a vida daqui. Minha escleroproteína me parece suficiente. Mas pra exaltar a alegria tenho que dialogar com essa escuridão empregnada em algumas retinas que encontro por ai.
Frases são apenas palavras e estas apenas um esforço: para modificar, para seduzir, para arruinar um monte de coisas. E as certezas? essas eu mesma posso inventar, assim como a maioria dos ditos seres superiores fazem. Preciso que um dente-de-leão me leve pra passear, para bailar nos ventos das alucionações temporárias. Queria às vezes, só de vez em quando não participar desse circo do inferno bizarro.
Espero que depois de tanta adstrigência o mundo volte a ser do jeito que tem que ser - um sorridente caracol com cachecol vermelho no pescoço.

Eu sou a sensação de euforia que a cocaína produz quando atravessa a narina e atinge o cérebro do Jack

setembro 18, 2009

Amora doce

"Brincar no parque de manhã [bate, bate coração]
Um mundo só de diversão [bate, bate coração]
Um dia inteiro pra sonhar..."

Em seu abraço repousar a felicidade de ter encontrado o amor verdadeiro =D

setembro 14, 2009

"You're put down in her book
You're number 37
Have a look
She's going to smile
To make you frown
What a clown

Little boy
She's from the street
Before you start
You're already beat
She's gonna play you for a fool
Yes it's true..."

setembro 11, 2009

Fotossíntese

Vida boa, vida doce, vida linda, vida boa, agridoce, maravilhosa, vida. Sim, vida boa, boa vida. A que eu tenho. Doce, doce, doce. Sem medos de hiperglicemia ou diabetes. A sobra eu mando pra minhas hemáceas se recuperarem dos etílicos viciantes...rs
Ah! os meus galhos vivem erguendo-se para se alimentarem de energia dourada, e como adoro sentir o vento balançar as minhas folhas no final de uma tarde mansinha. Me sinto tão bem que posso sair por aí a gritar que essa é a melhor de todas as vidas. Vejo, sinto, ardo. Como e bebo e cheiro. Abraço e exponho em forma de algodão - doce toda a doçura que tenho ao meu redor. Um ou outro problema existe, mas eu os alimento com sol, e não tarda eles também florescerem - e me mostrarem no final as belas flores doces que estavam escondendo.
Nada mais a fazer do que me extasiar com as cores do arco-íris que eu mesma sei fazer. Gostava de receber dicas via sms de como deixá-los mais bonitos =)

"A cor do jardim
Faz a vista descansar tão bem
Mas menos que ver o seu sorriso ao sol
Num caldeirão de esperas
De um ricochete no rio..."

setembro 08, 2009

O tempero que puseram naquele papelão de rua não me agradou. Meu estômago não reagiu bem àqueles condimentos todos. Meus ouvidos seguem viciados, respondendo a qualquer sinal dos sons que os deixam dependentes. E são tantas realidades acontecendo ao mesmo tempo, que às vezes é meio difícil distingui-las dos sonhos.
Chocolate adoça a vida - carinho tambem. Dias de sol iluminam a umidade da alma, e quiçá, ajudam no florescimento de sentimentos.

setembro 05, 2009

Meu presente...

"Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo."


Parabéns amor meu =)

setembro 01, 2009

(DES)virtualizando

Não é que eu não importe - não é isso. Até que me importo bastante, minhas pobres células são testemunhas disso (vide ressonância). Mas, acho que perdi o encantamento pela dor entorpecente dos poetas.
Dói muito, negar não posso... e como maltratam meus dentes as lembranças de algumas palavras; Ganhei uma varinha mágica, e aos poucos estou aprendendo a amenizar a dor daqueles que amo (salientando a minha inclusão nessa categoria). Machuca ainda mais a dor que arde no peito de quem você estima, e muitas vezes, é necessário atirar 'a queima-roupa' para que o indivíduo possa voltar a sentir o sangue da felicidade escorrer. Ningué disse que seria fácil sorrir. Muitas vezes é preciso extrair lágrimas dos nossos próprios dragões.
Engraçado como sempe tem alguma coisa boa por detrás de um flash de tempo desesperador - talvez seja essa a grande magia da vida. Talvez fosse necessário comer uma pétala de não para vomitar outras quinze de sim. Talvez. Talvez aquele coração batendo em resposta ao meu toque estivesse querendo me contar algum segredo - eu bem que desconfiei.
Foram olhares longos. Exploradores. Como a maioria dos olhares que querem saber mais. Talvez eu tenha gostado, e, talvez você saiba disso. Gosto do ser ar élfico e da sua alminha pura. Talvez esteja tudo começando vez outra...

"Love is old, love is new
..."