maio 20, 2008

Hoje eu quebrei um ovo. E diante de toda a apatia que insiste em impregnar os meus dias, eu pude sentir essa quebra intensamente. Pude analisar todos os poucos segundos milimetricamente. E diante disso, entender como as pequenas coisas significam muito, mas muito mais do que as "grandes".
Era por volta das 6:40 da manhã, ainda sozinha na cozinha, pensava no que iria preparar para o meu café tantas vezes solitário. Eis que minha mãe aparece para fazer-me companhia. Porem, o hábito de utilizar a cozinha soinha nesse horário me fez sentir incomodada, o espaço parece ter se comprimido. Resolvido então fritar um ovo.... e minha mãe que lavava um talher de respente, como num passe de mágica já estava ao meu lado. E então, o choque aconteceu. O ovo que na minha minha mão repousava se estatelou no chão. E de repente me tomou ao mesmo tempo um medo e um sentimento sádico. Uma risadinha e um susto ao mesmo tempo. E aquela matéria amarela no chão. Era a minha vida ali, tomando outro rumo a partir de algo aparentemente insignificante. E tantos momentos, tantos fatos passaram pela minha mente em pequenos fragmentos... Aquele ovo já se tornara o universo derramado em minha frente. Que coisa não? Saí hoje para trabalhar com um sentimento diferente no coração, e senti-me bastante feliz por ainda está com os poros abertos para as sensações do mundo =)

maio 13, 2008

Tem certas que coisas que, por mais que os dias sigam cinzentos e entupidos de falta de amor, nunca deixarão de existir, de permear como um punhal a doçura de nossos corações ;)


"I love you
A metallic blue
I love you
Golden blue
I miss you
Shine all alone
I miss you ..."

maio 05, 2008

Ah não! Com certeza isso não irá nos afetar. Deixa a rotina, a cara de paisagem com eles. Pra nós, "o outro lado".
Eu quero amar, quero aprender, quero ouvir a música que faz o seu coração, o aroma que produzem os seus delicados cílios ao se tocarem. É com isso que quero preocupar-me.
Em segurar as florzinhas que me concedes em nossas constantes amarelas caminhadas. Sentir o vento, e segurar a sua mão.
Acho que por enquanto o que mais desejo é o não embrutecimento. Pois os números viciam, e se você não tomar o cuidado reuqerido por eles, em tempo pouco você se transforma em um. É aquele velho ditado de Nietzsche sobre o cuidado de lidar com os monstros... Se não prestarmos atenção acabamos nos tornando um deles.

O mundo é muito mais do que essa casca áspera e sem cor ;)