novembro 23, 2008

Oh! crystal ball

Teclando algumas palavras eis que eu encontro uma definição bem legal: "Sofrimento é qualquer experiência aversiva (não necessariamente indesejada) e sua emoção negativa correspondente". Interessante que partindo dessa junção linguística, as coisas parecem se tornar menos o que aparentemente elas são, ou seria o contrário? Como o mar está salgado de lágrimas minhas mesmo, é difícil estabeler um parâmetro real e solidificado. Mas, de nestante prá cá, já elucidei um pouco do coitado raciocinio. E vejam só como música faz a gente oscilar entre o inferno e o ceu. A mente alheia acaba produzindo realidades tao suas, que e bem fácil se perder tentando remar a favor. E se deixamos ir, sabemos que acabamos indo.
Confusão. E o pior de tudo que você esta ai a ler a minha mente, e a saber que cada passo, palavra, espirro que dou e resultado de tantos sofás em minha face? Poderia sentar senhor? Eu precisaria apenas de algumas respostas, ou quem sabe de uma nova sessão de jantar de melancias. Não imaginava a infinidade de coisas que podemos fazer com ela. Frita, assada, grelhada, com molhos finos, ou ainda regada a delicadas ervas. E algumas ainda nos fornecem diferentes nuances imagéticas. Azul? Essa era a cor. Cuidado, isso causa um pouco de tontura, não é de qualquer forma que voce pode experimentar esse fruto. Essa nova espécie de sabor. Mas apesar de toda essa pose, por debaixo desse olhar blasé de quem sabe tudo, tem a menina perdida no mar de ferro. Que se desesperou a tarde, que deixou os duendes maléficos penetrarem seus sonhos. E o por que do riso? Eu tambem não sei dizer, talvez por saber que esse seria o gosto do meu mar, por saber o quão ferrenho seria quando eu chegasse aquela tão esperada costa? Hum....
"I wanna be the place you call home..."

novembro 18, 2008

Green Grass*

Cada um com seus lenços coloridos no cabelo, cada um com seus pés devidamente postos na cabeça. Cada um com sua harpa, com sua cítara, com seu pianinho. Cada um com seu anão, duende ou ainda fada. Cada qual com o seu toy, com as suas músicas e com seu mundo verde e vermelho. Cada pouco de gente com todas essas coisas, e a vontade de "enverdecer" o mundo que não cessa. E a felicidade de ver as suas gotas verdinhas invadirem aquele organismo, e constatar cotidianamente a transformação que geralmente demora tanto a vir à tona...
E são estrelas eternas, super-novas recém nascidas, aviões correndo loucamente, e a rotina da vida que se mostra a mais longa aventura. Os mesmo caminhos que se modificam: se você é do tamanho de um prédio ou da mesma medida de uma formiguinha.
Sem esquecer tambem que o seu pulmão já tem o meu ar, coisa que eu mesma tratei de fazer. E quão é engraçado ver você me olhar com cara de interrogação, para depois entender que aquilo mesmo que existia sempre em seus sonhos.
Eu sou um móbile que encontrou sementes de dandelion a bailar no caos - um simples estalar de dedos pode mudar a cor da nossa bebida: maçã ou chocolate?

novembro 06, 2008

Quatro lustros e um quadriênio

Estou andando por aí a medir o meu pobre tempo através do balançar das penas do meu adorado filtro. Pedaço mágico que ajuda a elevar-me. Ou talvez aquele que leva a transcedência. E esse andar, esse girar dos ponteiros é tão relativo: ora passa tão rapidamente, como o soprar frenético dos ventos alísios, ora tão sereno, com tão sublime calmaria. Me fornece assim, oportunidade de apreciá-lo, e tambem de sentir o seu toque a acarariar a minha juventude...e anuncia os bons acontecimentos.
Tempo. Essa é a palavra. Essa é uma das questões. Essa questão foi a de hoje. E hoje o tempo acabou. O tempo gritou. Os palitinhos completaram 360 graus, e junto com isso, no meio daquela multidão, eu te olhei e não me reconheci naqueles olhos "meus".
''Jogue seus cabelos no vento
Não olhe pra trás
Ouça o barulhinho que o tempo
No seu peito faz
Faça sua dor dançar..."