novembro 19, 2007

"...E me inclino à tua boca pra beijar a terra"

Eu estive em sua pele, senti o mesmo calafrio que tocou as suas entranhas, e derreti... me esvai na atmosfera que as energias criaram. E aproveitei. Rodei milhares de vezes na roda gigante, vi os olhos lá de cima, e cá de baixo. E corri. Corri metros e metros com o novo ar que me insuflastes. E respirei o mais profundo que pude.... me teletransportei. Pés no céu tocavam, e na boca se encerrava o gosto das bebidas nobres. Aqui não se precisa de matéria para que hajam movimentos. Basta imaginar, e lá estou no lugar o qual quero estar. E meu cerebro, tão pequenino, lá ainda está, talvez cá mesmo, tentando decifrar cada folha que o vento balançava naquela tarde dourada e inebriante.
Outra visão, quem sabe outros olhos, ou os mesmos, aqueles que tentam devorar a alma que naquele espelho vive...
Sente tu, somos nós, sou eu e tu e nós, tudo sendo e existindo ao mesmo passar de ponteiros...uma só dissolução. E eis que o pouco em tudo se transforma.



novembro 05, 2007

Como enfeite: o sorriso

Significados, razões, explicações....e a vida escassa, esvaindo-se com o girar dos ponteiros. Do lado de fora as preocupações, divagações...enquanto dentro, sorrindo, está a maneira outra, forma ao contrário de sentir a brisa calminha do fim de tarde, acariciando os cabelos dos coqueiros. De sentir o cheiro dos abacaxis nas manhãs alaranjadas de primavera. Chutar pedras, sentir a dor e em seguida gargalhar ao saber que o seu corpo está vivo, que suas partículas sorriem quando o sol toca como pluma todas aquelas flores...enchendo de vida tudo que consiga abraçar.
Está tudo realmente exalando amor. Por todos os lados, por todos os poros. E vagando estão todas essas coisas por aí... à espera de olhares sensíveis, de toques sinceros que possam enfim sentir a mágica da beleza...
E depois existir...e semear e permear o mundo com todas as cores do pantone que tem a felicidade!