dezembro 05, 2006

Os olhos

Cá sinto este meu corpo, animado por algo tão imensamente desconhecido, que as vezes, quase sempre, me questiono do que se trata, do que vem a "ser" isso.
Sinto-me tão pequena alguns dias, mas logo vejo que pequeno mesmo são os meus egoísmos, os meus julgamentos fúteis...afinal de contas, quem sou eu, que maestria eu tenho para lhe dizer quem és tu? Ou mesmo questionar os seus gostos, vestes ou qualquer outra coisa que você venha a admirar?
Não, não, isso não. Não chego a ter esse poder. Os meus questionamentos, as minhas posições já me consomem muito...já são suficiente. E ao menos que eu seja requisitad, é com esse mar de vida minha que me preocupo. Não quero dizer com isso que aqui jaz uma pessoa materialista, narcissita, individualista. Não é isso. Apenas tenho a consciencia de que "cada um sabe a dor e a delicia de ser o que se é ".
Essas idéias estão presas há algum tempo, mas agora elas tomaram corpo. O que eu tenho registrado nesse mundo louco de injustiças, imoralidades, incompreensões são imensuráveis...e relato isso com extrema tristeza. As coisas chegam como bombas sucessivas...num quantidade tão imensa que atordoam até o último cantinho calmo da minha sanidade.
Se não fosse alguns humanos dirfaçados que me rodeiam...rs. Disfarçados por que bem vejo umas coisinhas brancas querendo sair das costas deles...rs. Se não fossem esses amores de pessoas que planam em minha vida nem sei como seria. A luta diária pela sobrevivencia da minha realidade com certeza estaria comprometida.
Pelos olhos desses seres fantásticos é que eu vejo a vida, o amor, a amizade. Através desses olhos é que eu vivo.