março 24, 2008

E corremos, pulamos, gargalhamos. Deixamos que esse ambiente real nos invada, e brincamos. E como é bom saber que estamos aqui, que vemos essas coisas fantásticas a nos rodearem. Por instantes em outro momento do universo parece estarmos. Parece no presente, terno e amável que construímos ao focar aquilo que anda esquecido: a beleza. Não a afamada beleza "artificial", produzida de qualquer jeito por descuidos que nem ao menos são notados. Não! Essa nós deixamos para os seus observadores obcecados, que já não conseguem pular para fora do simulacro que se tornou a própria vida e a de muitos ao seu redor. Felizmente, por aqui, as retinas ainda estão aptas para perceber as formas mágicas e o seres que como tais, resolveram se esconder nessas formas.
São fadas, elfos, seres humanos que, com toda essa violência sensorial resolveram adotar uma "casca" protetora, onde dali, podem continuar a desenvolver sua arte de forma pouco percebida. Por ser essa a única forma de (r)existir frente ao canibalismo estético com o qual nos deparamos por esse mundão de Deus.
Ouvir uma criança de oitos anos que diz ser apaixonada pelas estrelas, e que ama contemplá-las é um alento. Carinho para uma alma machuca vezes tantas por palavras e gestos tão brutos com os quais sou atingida quase que cotidianamente.
Preste mais atenção no tamanho estúpido de mágica que existe ao seu redor. Sopre as negras nuvens que persistem em morar sobre seus olhos... talvez assim possais ver em uma simples libélula uma magnifica fada :)

Um comentário:

Everton disse...

Você com essa sua forma poética de descrever o tudo embeleza (ainda mais) todo e qualquer momento sublime. =)