junho 05, 2013

Quase.


Era tardezinha, quando ao entrar em casa, presenciei a chuva levar consigo as lembranças grandiosas do amor que se tinha vivido. A água com suas mãos ferozes remexiam bem a fundo, revirando e afogando qualquer sinal daquele sentimento. E ao ver aquilo, pouco pude fazer. Tentei separar as memórias da água, mas pouco ou quase nada restou.
Agora pela manhã o sol mostrou seu sorriso implacavelmente dourado. Mas talvez ele mesmo forças não tenha para ajudar. Som, viagem, estrada. Longos são os dias que nos separam. Mato, gado e mais árvores. Nada físico, tudo se encontra agora no etéreo das nossas referências. Que quase não mudam, mas que me atraem, ainda assim.
Limpeza? Talvez.
Som muito, por favor. Cartelas de comprimidos, se possível.
Depressão? Quem sabe. Melhor não.
Mais amor? Quase.
Mas, amor é bom.

3 comentários:

Luzindo disse...

Lindíssimo

Anônimo disse...

Ooooh tadinhaaaaa!

Anônimo disse...

forever ... neruda.mrag