julho 07, 2006

Complexidade

Esses dias têm sido bastante duais: bons e ruins, como tudo é e deveria ser. Teorias, questões, ideologias, complicações...eis a receita saborosa que anda sendo preparada aqui deste lado.
Quero aqui deixar registrado um pouco do conhecimento que venho absorvendo (a reciproca tambem é verdadeira). No mais é isso: saudades de me decodificar através dessas palavrinhas :D
Pois então, acabo de descobrir que quanto mais eu leio, assisto peças de teatro, leio livros de Neruda, cada vez me distancio de algo que eu não sei bem o que é. A minha complexidade vai aumentando e junto com ela, a necessidade de estar perto e em contato com seres que sejam "adequados" "compatíveis" com esse nível de integralidade que o meu sistema requer tambem. A partir daí o sofrimento começa a usufruir dos meus sentidos. Ver as maldades, assistir à degradação da complexidade humana, ver a dominação intelectual que sofremos todos os dias é pior do que ser torturada fisicamente. As "pancadas" psicológicas são muito mais profundas e dolorosas.
O que fazer para devolver à humanidade o seu potencial inicial? devolver não, por que dentro de cada um de nós existe algo chamado "mundo mágico" no qual reside os poderes maiores que possamos imaginar... o que fazer diante dessa fria cegueira? Gostaria de poder saber o que vocês acham de tudo isso...Qualquer ajuda é sem duvida muito bem vinda.

4 comentários:

Anônimo disse...

Daline..poxa..fiquei sem palavras com o q vc escreveu..a ambiguidade do ser humano e deste universo em q nós vivemos é tão evidente..tão inexplicável...rrrs...acho q não vou conseguir ajudar no seu questionamento..só queria deixar um texto q li no site do teatro mágico...bjus e parabéns..


"A vida é bem maior do que as regras gramaticais da nossa língua portuguesa. A vida é bem maior que nós, com todas as nossas tentativas de entendimento, com toda a nossa agressividade cotidiana, com toda a nossa alegria febril, com todas as nossas tempestades e todos os nossos copos d’ água. A vida é bem maior que nós, com todo a nossa fúria de ocasião, com todo o nosso desespero momentâneo, com toda a nossa solidão etérea, com toda a nossa capacidade ou incapacidade de estender a mão."

Anônimo disse...

Que bom saber que nao sou apenas eu que penso e sinto essas coisas. Belo texto.bjs

Anônimo disse...

Você se distancia de você, meu amor, de seu passado, do que você foi antes de cada um desses produtos dessa indústria que nos atormenta. Você desaparece e dá vida à uma nova você. Você some para viver e isso é extremamente difícil, como você mesma disse é ostensivamente dual. Dói e alegra. É bom e ruim. É fatal, é vital!

Beijo grande à minha menina que cresce e desaparece!!!

Fernando Henrique disse...

Me sinto uma pessoa muito privilegiada por está ao seu lado, nessa corrida de busca de informações, nessa tentativa de mostrar para as pessoas a capacidade de ser sensivel, criativas, inteligentes, pessoas elmente humanas e não essas pessoas
mesquinhas, egoistas, matérialista que só faz algo benéfico a si.
Ver as pessoas a cada dia diminuindo a importancia das coisas, olhar ao meu redor e ver essa degradação como você se referiu, é realmente muito doloroso.
Aquela esperança que temos de ver que as pessoas irão entender e melhorar, vai
morrendo a cada dia e "nós" seres sensiveis e humanos, vamos morrendo junto.
Absorver e praticar as coisas, com uma visao aberta, olhando pra tudo e pra todos, e acabando com esse egoismo, fugindo da superficialidade e tirando essa cegueira.
A cada dia que passa você se torna essa belissima mulher que eu amo muito, e vou vivendo e aprendendo a cada dia com você.

beijos amor, espero que de pra entender.

te amo!!!