maio 29, 2009

Leite em pó

Ao acordar senti aquela pequena película translúcida em meu braço. E então, pude perceber que mais uma vez o velho universo estava a falar comigo. Pude então começar aquele dia de uma forma diferente - sabia que podia enfim voar. E todos aqueles relógios em minha mente, toda aquela magia me levavam a questionar a realidade e as diversas formas de existência com as quais me deparo no cotidiano. E me senti radiante, por ter ainda no coração, uma porção de bons sentimentos, e as vozes das estrelas todas cantarolando em minhas células. Nem eu mesma sei como é que se chega à essas conclusões, acho que apenas sentimos. Eu acho. Mas não estou assim muito interessada em saebr como não. Gosto dessa sensação mística, gosto de olhar para folhas de papel em branco e ver as rosas do amor por exemplo exalando seus perfumes. No final é mesmo uma escolha, um modo de ver adquirido e preservado.
E há tanta luz, tanta alegria, tanta beleza, que me pego pensando realmente se vale a pena as minhas lágrimas matinais, as minhas pulsações que mais parecem bombas nucleares de tão forte que são. E lá está aquela imagem, talvez ainda congelada naquele espelho. E cá está esse sangue verde e talvez frio, que ainda não conseguiu encontrar antídoto para tornar-se rubro uma vez mais. Nossa! e falam de vida, de sofrimento, de fardos. Sinto-me mal muitas vezes, e por isso, acho que acabo sucumbindo a todas essas pragas humanas. Acabo sofrendo, louca e desvairada correndo por estes negros campos chorando uma tristeza que eu nem sei se realmente é minha. Talvez só pra mostrar, ou provar que posso sim ser um espelho de coisas negativas. Ou quem sabe apenas pra ver correr em mim o meu outro lado. Você é mágica - retrucou ele. Mas não seria esse o modo o qual deveríamos transcorrer a nossa vida? Quando eu te vejo tudo se acalma. É como se você me fizesse três arco-íris diários. E tanta falta faz aquele sorriso leviano, aquela cerveja no fim de tarde. Faz falta forçar os olhos míopes pra saber se ali já estava. As mãos medrosas, o toque singelo. Bom olhar para tudo isso e perceber que tudo foi e talvez seja real. Que eu estava ali a observar qualquer som de batidas dos seus cílios.
É bom existir. Tocar nos fios dos seus cabelos. Ver todas essas cores.
Ó universo, continue intercedendo!

Um comentário:

Rosangela A. Santos disse...

gostei muito do seu texto ..

esita amor oq ele não faz com uma pessoa... srsrs

Abç.