Eu peguei a xícara para lavar, e no abrir da torneira a água molhou as minhas mãos. As mãos que disseram ser apaixonados. O dedo de furar os bolos e aquele menorzinho. A água fria causa uma sensação de desconforto, pra logo em seguida me tirar um sorriso descompromissado. Fechei a torneira e pus o café que tanto ela esperava. E sorria-me o mundo. Um simples café enfeitou com linhas coloridas as paredes do meu até então pálido dia. E indo, eu acabei indo. Fui e aqui estou. A me ver aí sentada ao seu lado, a admirar aqueles cílios ternos. E tantas coisas que as minhas cordas vocais não emitem. Tantos dizeres que acabam dissolvidos nos ares soterapolitanos. Rotina. Quem sabe finalmente eu tenha aprendido a gostar de você? A usar você como desculpa para os meus deleites cotidianos? E gargalha e se perde no riso. Braço, gosto de segurar no braço. E também nas mãos. Gosto de usar os meus dedos, o meu tato para identificar as raízes da outra mão. E gosto de gastar os meus olhos vendo as comidas coloridas e a reação das suas móleculas a elas.
Condensação. Quem sabe um dia quiçá consigamos descer as escadas dos sentidos. As palavras são umas loucas. Uvas de quarenta reais nas pratileiras. E pimentas enlouquecedoras. E na mente o cheiro de casca canelada daquela vaca não me deixa dormir...
" - Por que tem a do sétimo, essa é do primeiro
- É, ele desceu.
- Desceu bastante!"
4 comentários:
ow vei...
isso é brega hein? mto brega.
que porra tu anda ouvindo hein? afff
ms dah pra fazer um sambinha massa.
kix
eu gostei :)
"isso me faz lembrar muito do futuro que virá"
(rs)
Premio p vc lá no Assuntos de Menina
bjaummmm
venho depois comentar teu post
to acorrida agora
xerossssssssss
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