Desoxiribonuclease

Ontem um pedaço da pele do meu dedo polegar ficou na estante. Íncrivel como o líquido rubro começou a jorrar acompanhado de uma dor chata. Engraçado com os fatos acontecem para além da nossa compreensão, como machucamos o coração daqueles que estimamos, e como, no momento seguinte, após a sua perda, nos damos conta das brutalidade que andamos praticando por ai. Somos mesmo uns seres bem maluquinhos...rs

Mas isso é para ser algo bom, algo sobre a embriaguez dos últimos dias, e de como isso ajudou a minha mente a refletir sobre a grandiosidade do mundo - ele é imenso! E quanta coisa a gente pode absorver...quantos sabores, quantas cores. É muito bom estar mais uma vez com a mente limpa, aberta, disponível para entender esse emaranhado de signos que me rodeiam.

E o que foi mesmo que aconteceu? Ah! estava comendo um filé com fritas, e lembrei que nas mediações do zoológico tambem existe esse prato... e espero que em São Paulo eu possa tambem ver alguns animais e tomar banho na pia...

Mais cedo eu tive uma visão - sentia a mão de Zaratustra a me acarinhar. E enfim senti que todo aquele "suposto sofrimento" não passava de um pouco de catolicismo demasiado.

A pomada era feita de DNA, mas não me recordo qual o anima tinha cedido essa substância, o que significa, que amanha poderei ser muito bem uma águia, e tocar a campanhia da sua casa e te entregar uma pedra pequenina que encontrei em uma das minhas andadas pela Alemanha.

Eu gostei do jeito que o seu cabelo está agora, mas sinto falta dos dias que passaram. Mas as Bohemias continuam a serem fabricadas. Isso se ainda houver tempo... pois as coisas logo mudarão drasticamente, e lá faz frio, e eu precisarei de esmeraldas para esquentar o meu café.
A maiorias das pessoas especiais nasceram em setembro, algumas já fazendo parte das flores, outras ainda não.

"Agora tanto faz, já comecei tudo errado mesmo"

"You, strange as angels..."

A sincronicidade do universo às vezes me assusta, lembrando aqui do conceito desenvolvido por Jung, onde podemos ler sincronicidade tambem como "coincidência significativa". E apesar de todas as demonstrações inusitadas do "acaso", ainda fico meio boba com a beleza, com a magnitude da linearidade dos fatos.
Podem falar do imediatismo do nosso cotidiano, da violência, da brutalidade. Mas ainda há espaço para coisas boas, para cheiros de frutinhas vermelhas ao cair da tarde. Podemos ainda tocar nas nuvens, colecionar vagalumes... Gosto de contar estrelas, não posso negar. Gosto mesmo. E gosto tambem de voar, e ver a maldade desatando seus nós, e também modificando nós. E como ouvi naquele importante dia "É preciso estar preparado para a chegada do mal". Acho que no fundo, é ter a respiração tranquila para dar aquela velha olhada ao redor e juntar aquelas fadinhas adoecidas. Lhes dar carinho, afeto, companhia. Elas gostam disso. Gostam tambem de borboletas ( apesar daquela moça dizer que tudo isso não passa de bobagem). Eu gosto de saber disso. De saber que no final das contas, me tiraram algum ruim de uma maneira mais agressiva. Porem, além do horizonte, já posso sentir o outro lado da balança pesando.
Se fala em amor, em carinho, em dedicação....e tudo me chega. Os telefonemas de longe, as mãos a arfar os meus medianos fios de cabelo. E música, e sentimentos bons. E novamnete coração vermelho pulsando de vida. É bom estar de pé e caminhar. É bom ter asas para ir e vir até você com mais frequência. Acho que... tudo está conectado. E deve mesmo estar.

Ouvindo a indicação da Bete Feitosa, se puderem ouçam tambem -
http://www.youtube.com/watch?v=BsI5fs-GVEU&feature=related

Um abraço...

Bendito dia. Bendita tecnologia. Bendita coragem. Benditas palavras.
Sorriso largo, dia modificado, bochechas coradas. O amor é amor em qualquer lugar. O carinho, a dedicação e a reciprocidade chegam até mim sem maioes esforços. Ah! tudo bem, isso é um textinho para o dia de hoje e para o que você me fez. Pronto.

Infinito sabor agri-doce

Língua. A minha. A sua. Você lá, e aqui, através desses escritos. Junto, bem junto, a ponto de eu sentir arfar os alveólos dos seus pulmões. Manhã mansa e agradável, olhinhos que teimam em permancer fechados para absorverem o que eles abertos não captam. E ouvi as brincadeiras, os risos leves e puros das cócegas alheias. Aquele travesseiro azul, aquele barulhinho que avisa quando alguem estar por vir. Vento e luz. Claridade e seus olhos verdes a me observarem sem eu estar vendo. Emoções que me aconteceram há três meses, ou há três horas? ainda não consigo separar este sonho daquele. É um dom fazer com que um ser humano continue vivendo como se estivesse a andar sobre pilhas e pilhas de algodão-doce. É realmente uma dádiva.

- Eu não quero nada disso perto de você. Jogue fora esses gravetos secos e exiba essas lindas flores que a ti ofereço com esmero.

Basicamente não existe como contrariar a felicidade. Ela simplesmente chega e toma conta de sua alma. Você apenas olha pra frente, você apenas caminha por aquelas ruas. E sente. E vive. E deixar o ar entrar...

" A Sunday smile you wore it for a while.
A Sunday mile we paused and sang.
A Sunday smile you wore it for a while.
A Sunday mile we paused and sang.
A Sunday smile and we felt true. (and)"

Por mil caracóis!

Disseram que ia chover, mas essas pessoas vivem falando coisas, inclusive sobre as que elas nem fazem idéia. Felizmente estavam erradas as especulações, e tantos possíveis caracóis eu vislumbrei naquela noite. Tomei anti-septico, mas era de uso externo. Apenas esperei a mutação. " Toma vinho branco que ajuda" - eu ouvi. Mas o que eu queria mesmo era aquilo que você sabe que eu quero. Mas como chegar, como voltar? A situação está tão modificada... E falo em mil caracóis... será que a mensagem consegue enfim atravessar o mar vermelho e chegar até você? Mensagens normais parecem tão normais, não dá pra contar com elas. Preciso de coisas mais atraentes...
Ontem vi estrelas, vi o amor mais uma vez jogar aquele pó mágico em cima daquelas feridas, vi tambem sorrisos de todas as cores. E que maldade deixá-los todo esse tempo presos...
E aquele cheiro não me deixava esquecer daqueles olhinhos brilhando...
- Como você está bonita.

"My will is good"²

''Como é bom poder sentir esse vento que chega, aos poucos e se manifesta nesta tranquilidade que transborda aos olhos.
É sentir-se em paz consigo mesmo, preparado para qualquer coisa que possa vir, preparado para levantar se cair, pular se não alcançar, se abaixar se a entrada for pequena.
Essas adversidades não mais vem ocupar a mente, tudo passa por um filtro.
Sobra mais vontade pra olhar pela janela, abri-la e deixar toda essa vida que explode no mundo participar da nossa existência.
Pessimismo?
Falta de vontade?
Raiva?
Tudo dentro da gaveta. =] ''

Sweet friday

- Quantos cerebros você tem?
- Um.
- Então, por que pensar por dois? Por que guardar em si sofrimento de dois corpos? Sinceramente não entendo...
- Nem eu mesma sei... eu me esbarrei no ventilador e o papel higiênico não caiu no cesto. Você viu?
- Talvez. Mas não tenho certeza, muitas vezes não presto atenção no que você faz.
- É, eu sei disso. Não sei por que insisto em perguntar...
- O que é isso aqui no chão? Acho que me cortei...
- Desculpa, acabei esquecendo. Pediram pra avisar pra você tomar cuidado com essas coisas, só não lembro bem o por que...
- Isso realmente dói.
- Deve ser o tédio entrando pela sua corrente sanguinea. Acho que era algo em torno disso o recado que lhe deixaram.
- Tenho mesmo que cuidar disso, antes que eu passe a gostar de ver os pequenos furos transbordarem esse líquido rubro...

"Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?"

É mais um sem título, é a violência explodindo pelos cantos, é um outdoor que a chama de pecadora. São cachorros mortos, porem vivos, deitados sob a luz daquela lua. Sou eu a caminhar, a esquecer de tudo. Moléculas em transição ou até em transposição. Não gosto de violência, juro. Mas não sei por que me mantenho aqui. Preciso de endorfina, e não posso economizar tempo. Preciso me diluir, ir embora com o vento. Ou talvez achar ou (re)-encontrar algo ou alguém que me faça ter a vontade novamente de permanecer aqui. Não dá mais pra ficar chorando, nem secando. Preciso de água... e tanta existe pelos oceanos. Queria desse aqui, mas será que ainda consigo um pouco dela limpa?
E gira loucamente a bailarina daquela caixinha de música...