
É muito bonito acompanhar meu querido filósofo nas formulações de seus pensamentos. Ler, entender, e por fim, por em reflexão o axioma de seu raciocínio. Ver como em alguns casos, as mentes nunca descansam, nunca deixam de tentar produzir valores. O dificil é desvencilhar todo esse emaranhado de coisas daquele momento histórico.
Hoje, começo a perceber que o "torna-te quem tu és" é um dos pensamentos mais tristes que se pode existir. Uma coisa que deprime, constatando que temos que "aprender" a nos tornamos nós mesmo, pois tudo que somos, o que vemos e aprendemos são repetições, idas e vindas ao mesmo museu interminável de coisas que julgamos ser "bacanas". E como poder apostar no amor, ou naquela pessoa que você é tão afeicoada, se aquele mesmo coração se move sobre as roldanas desse mesmo sistema de "escambo"? E compra e vende e troca... interminavelmente. E a produção de valores fica esquizofrênica, uma vez que, como é que vamos criar valores se nem ao menos sabemos para onde estamos indo? Ou quem somo, de onde viemos?
Não caia nesse abismo como uma pedra absorta. Baile, dance. Faça dessa queda algo prazeroso. E não me faça cair pela face esse solvente escarificador, não me moleste com essa medida errônea de tempo... me deixe e se deixe machucar pela foice doentia do amor. Deixe sangrar, deixe agonizar esse sentimento que não se mostra todo dia.
Deixe que eu segure sua mão, não permita que ela recue.